segunda-feira, 1 de março de 2010

3. LENA GAL



S.Vicente
Acrílico s/tela
65x54
(devolvido)


Helena Maria Galvão Amaral, artista plástica ( Pintora ) com o nome artístico de LENA GAL, nasceu em 1957 em São Miguel, Açores. Desde sempre ligada às artes: iniciou-se a partir dos 15 anos de idade com a colaboração em Jornais dos Açores com poesia, contos e temas regionais; em 1990/1 colaborou no Jornal de Sintra, na Página Feminina; frequentou a Cooperativa de Gravadores Portugueses, a Sociedade Nacional de Belas Artes e a Arco. Considera-se, no entanto, autodidacta. Além de utilizar a tela e o papel, dedica-se igualmente ao estudo das técnicas tradicionais de gravura em couro, dando assim início à pintura sobre o couro, com uma filosofia plástica e pictórica própria. Tenta evoluir através de pesquisas, e, nomeadamente introdução de novos processos.
Participou em inúmeras actividades pedagógicas das quais refere: animação em expressão plástica, em escolas do ciclo preparatório básico e ateliers de tempos livres.
Foi monitora no programa “Artes e Ofícios” do Projecto Sócio-Educativo do Departamento de Educação da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi convidada para apoiar acções pedagógicas sobre a Arte e o Couro no Liceu “Durfee” na Bishop Conrelly High School e na Universidade of South Carolina, Spartanburg - EUA.
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS (SELECÇÃO)
■2006 - Galeria Municipal Artur Bual - Amadora
■Whaling Museum,Mass - EUA
■University de UMASS, Dortmouth - EUA
■Museu Municipal de Esposende
■Gallery Barbara Himes, Plympton- EUA
■Gallery one Capital Hill, Providence-EUA
■Convento de S José, Lagoa- Algarve
■Arts Center Gallery University Spartanburg, South Carolina- EUA
■Galeria 65ª – Lisboa
■Arcade Gallery Providence
■Galeria Mouraria - Funchal
■Galeria- Pirâmide - Lisboa
■Gallery House of Europe - Áustria
■Gallery Community College of Rhode Island
■ArtWorks, Gallery, -Mass - EUA
■L Maison Europe Avignon - France
■Centro Cultural Casapiano - Lisboa
■Espaço Santa Catarina - Lisboa
■Galveias Galeria de Arte - Lisboa
■Grimshaw-Gudiwicz-Art Gallery - EUA
■Projecto Art for All - Cascais
■Centro Municipal de Cultura – Mulheres das Brumas – S. Miguel, Açores
COLECTIVAS (SELECÇÃO)
■2006 - Exposição Arte na Planice - Monte do Cortiço - Montemor-o-Novo
■Galeria de Arte do Estoril
■Galeria Arte e Mar, Sesimbra
■Convento do Beato - Lisboa
■Centro Cultural de Lagos
■Exhibition Emil Tampere - Finlândia
■SeasideArt Gallery Nags,Norte de Carolina - EUA
■Museu da Cidade-Lisboa
■Museu Rural e do Vinho - Cartaxo
■Centro Cultural de Belém - Lisboa
■2000 Internacional Show, Sharjah Arts Museum- United Arab Emirates
■Museu da Electricidade - Lisboa
■Pallazzo della Bela Vigo del Gargano- Itália
■Fundacion Canara Mapfre Guanarteme- Las Palmas
■Artexpo New York- EUA
■Las Maison des Alles Toulouse- France
■Treffpunkt Museum- Áustria
■Centre Chistiane Peuget- Paris
■Galeria Pepper`s, - Caldas da Rainha
■Sala dos Lavadeiros - Tenarife
■Galeria Santiago de Palmela
■Casa da Cultura, Lagos de Moreno - México
■Artcard- Sharjah Art Museum - United Arab Emirates
■Feira Internacional del Libro de Buenos Aires - Argentina
■Sala SMATA- Buenos Aires - Argentina
■III Feira de Arte Contemporânea do Estoril
■Galeria Alexandra Irigoyen - Portugal Agua e Terra - Madrid
■Arte Lisboa - Feira de Arte contemporânea - 2005 com o expositor Espaço e Design
■Casa da Cultura Maracena - Granada, Espanha
■Centre Cívic Barceloneta- Dona Terra Dona LLuna - Barcelona
REPRESENTAÇÕES
■Câmara Municipal de Ponta Delgada
■Museu da Emigração Açoriana. com o quadro Lágrimas Oceânicas - Ribeira Grande S. Miguel Açores
■Câmara Municipal da Amadora
■Caixa Crédito Agrícola Santiago de Cacém
■Banco Comercial Português
■Whaling Museum, Mass - USA
■Museu de Arte Contemporânea - Funchal
■Art Network Ed.. - CA- USA
■Centro Cultural Casapiano - Lisboa
■University of South Carolina, Spartanburg- USA
■Universidade de Guadalajara - México
■The Tomorrow Fund Rhode Island Hospital Campus - USA
E em várias Instituições, Estatais, e particulares. Portugal, USA, França, Áustria, Espanha, Alemanha, Dinamarca, e Brasil.

APRECIAÇÕES:

(…) Lena Gal retira as suas memórias e projecta-as inteiramente, algumas ligadas à sua infância, por vezes dolorosas, num misto e numa confusão de sensações. Como se a sua vida passada fosse apenas uma memória forte, anímica e latente, outrora recusada, e presentemente convertida em imaginação potencial. Toda a natureza fascina-a pelo mistério que esta encerra e talvez também pela sua imortalidade. A sua pintura não se desliga do campo figurativo, apesar de se afastar da figuração realista, descritiva e historiada, no entanto subsiste uma narração temática de uma certa lógica, nascendo assim, uma coerência nas suas propostas visuais de um discurso referencial. Tende assim, a romper com esquemas de representação convencional. A pintora tenta neste contexto, não fugir ao figurativo, só que é um figurativo transformado, numa transfiguração permanente, numa realidade e num mundo muito próprios. A figura humana passa a ser o tema central, mas que funciona sobretudo, como um pretexto, para o exercício de pintura e do desenho. Figuras e corpos sequenciais estruturam deste modo, uma forte tendência para a captação de momentos, que são para a pintora inesquecíveis. Lena relembra-nos que somos feitos de uma coisa chamada «sentir» e que, no seguimento desta constante aproximação sensitiva, a visão que nos é oferecida é como uma imanência. A aproximação pictural da realidade da artista não se coloca ùnicamente na esfera do «visual», mas no plano sensitivo e táctil.(…)

MANUELA SYNEK
Historiadora e Crítica de Arte

(…) É nesta ambiguidade entre o telúrico e o contemplativo que se reconcilia a pintura de Lena Gal, nunca alheada da praxis mas, suficientemente também, distanciada desta, para que possa manter os voos à conquista do espaço e do sonho porque, pela sua própria natureza, cumprir-se-à nela igualmente, a Mulher e a Artista. (…)

AFONSO ALMEIDA BRANDÃO
Jornal de Notícias
10/08/2000

(…) A pintura de Lena Gal é uma mancha de cúmplices silêncios que se dão como derramados sobre formas prenhes de colorido. Há na sua pintura essa força intrínseca que emana do seu pequeno mundo cercado. Torrão posto sobre águas de ir-e-voltar. Húmido respirar com que se fecham os arvoredos, incontroladas ondas com que se abrem as fragas. E é por aí dentro que vagueiam os vultos fugazes que põem na vida o sentido do humano e do transcendente, que são a realidade e a alma de que a pintura não se dispensa como qualquer criador para temporalizar a sua obra (…)

VASCO HOGAN TEVES
(Jornalista da RTP)
1997

Pintura de densidades únicas entre nós - corpos, sombras, castanhos, odores, cores, - a obra de Lena Gal é hoje uma afirmação irresistível. Semi-ocultos mas não penúmbreos, semi-diluídos mas não esvaídos, os movimentos, os olhares, os gestos, os horizontes ganham nela luz e presença de singular repercussão, (…)
(…) Ver devagar um a um os seus quadros é emergir num universo fabuloso de tons intensos, onde o ser humano ganha uma pujança que nos envolve para sempre …

FERNANDO DACOSTA
(Escritor)
in catálogo “Um Universo Suspenso”

Tenho a honra de acolher Lena Gal, uma distinta artista portuguesa, na nossa comunidade de Providence, Rhode Island. Temos hoje a oportunidade de ver em conjunto uma série de poemas transmitidos pelas belissimas cores e pelo espírito da sua terra natal, a que a autora chamou “Universo Suspenso”. Os quadros de Mrs. Gal captam momentos que nos permitem a nós penetrar no seu país e no seu mundo interior, como artista e como mulher. (…) Lena Gal cristalizou momentos tanto de reflexão como de revelação. No seu trabalho, deparamos com reflexões que nos mostram os sonhos de uma jovem rapariga, o potencial por trás da força serena de uma jovem mulher de campo, os anseios da mulher da cidade, a sabedoria de uma mulher idosa. Revelações, um momento suspenso em que a vida pode ser alterada, surgem a cada uma destas mulheres, e também aos homens, nas suas mais variadas formas. (…)
(…) com estas imagens variadas, a artista chama a atenção não apenas para a vida exterior e interior das mulheres portuguesas, mas também para a própria aura que irradia de todo e qualquer ser humano, veiculando assim uma mensagem mais universal. (…)

STEPHEN OLIVER
(Museu da Rhode Island School of Design USA)
Exposição de Março de 2001

(…) A pintura de Lena Gal deve ser olhada devagar. A empatia surge, então, plena de serenidade. Comunhão perfeita. Talvez devido a uma cromática que joga inteligentemente com sombras e claridade, ressaltando a eficácia dos volumes que deixam transbordar as emoções sem as vulgarizar.

MARIA AUGUSTA SILVA
(Sombras e claridade numa pintura mágica)
Diário de Notícias
Maio de 1998

Lena Gal
O elogio da natureza feminina
A exposição da pintura de Lena Gal no Centro Cultural Casapiano constitui uma viagem iniciática ao universo feminino.
Trata-se de um percurso onde somos convidados a revisitar a cumplicidade existente entre MULHERES e a NATUREZA.
A pintura de Lena Gal permite-nos entrar no domínio do sagrado habitado pela MULHER mas também nos oferece a visão de uma expressiva subtileza erótica que percorre cada olhar , cada corpo destas mulheres que personificam a natureza humana, isto é, a aparente harmonia entre o sagrado e profano.

João Louro

Todo o discurso pictórico de Lena Gal é virado para a terra é para as pessoas. É o seu mundo de riqueza que lhe permite a criatividade de todas as coisas que se iluminam nas cores das suas obras extraordinariamente bonitas. É o gesto de uma linguagem expressiva que nem sempre se define nos traços mas que se adivinha. Esta é a vantagem da pintora quando a sua alma multifacetada de tantas experiências, ganha força, pega no talento e faz percurso de uma memória que desagua na mensagem colorida, proporcionando aos outros o desejo da viagem pelas figuras, pelas pelas terras, pelos tons esbatidos que os poetas exaltam pela liberdade que assumem.
Há uma ilha que surge na sua alma e se universaliza na sua linguagem pictórica; há as razoes da cor e da luz que se transfiguram no sonho que aos poucos se vai descobrindo na verdade do que é como obra artística. Evidentemente que a escola serviu-lhe de base, mas Lena Gal foge dos academismos para inventar um mundo real; para criar os caminhos que a sua imaginação, povoada de tantas coisas, lhe permite desfiar o tempo. Os olhos das mulheres que pinta têm mistérios e a saudade inexplicável do mar da sua ilha - S. Miguel. A sua obra é a exaltação de “Corpos da Terra no movimento do Sonho”.
Talvez tenha sido a ilha a culpada do seu sucesso, porque o mar atlântico crio-lhe a inquietação e o sonho - foi o ponto de partida para a sua obra que tem percorrido o mundo como traçado-de-união de terras e das suas artes.
Esta nova exposição no Funchal vai certamente constituir mais um êxito para a sua carreira.
Como titular da cultura do governo desta Região Autónoma, regozijo-me com esta mostra.

João Carlos Nunes Abreu
Secretário Regional do Turismo e Cultura
in catalogo “Da terra ao Céu” exposição Galeria Mouraria Funchal

MULHERES DAS BRUMAS
Nas brumas, elas são as formas quase indiferenciadas do ar. Movem-se como murmúrios, estátuas móveis emergentes da terra pulsante. A sua dança, ilusoriamente remota na densidade das névoas, combina o ar, a água e o fogo. Tudo na distância, como um apontamento poético a preceder a revelação que parecemos aguardar.
Acontece tudo e tudo se move entre elas e a terra. Enraizadas no solo estremecente, escalam montanhas de dor e cantam a vida que no seu ventre pulula. Calam a alma em choro com as flores do caminho, o cheiro do ar, a pele do filho ainda só seu, a oração apaziguante.
Tudo são prelúdios. Há coisas no ar, pressentimentos, passos que se adivinham. Prenúncios de uma manifestação por vir, o ventre a abrir-se, o choro das águas.
Nas mulheres que a névoa deixa adivinhar viajam impressões antigas como as rochas, segredos milenares, laivos de sonho, cantatas de sangue e mágoas, destruição e vida, gestos de amor na aurora a despontar.
Vão e vêm, nas brumas. Mãe, filha, filha, mãe, na tecelagem do eterno recomeço. Bordadas na aragem azulada pela mão da Deusa, caminham na aridez como um sopro divino, uma nota maior, concordantes com a terra e o mar, aspirantes aos céus, mulheres de asa entreaberta, mulheres prestes, tão prestes, a voar…

MARIANA INVERNO
Fundadora do PROJECTO Art for All
in catálogo Mulheres das Brumas - exposição S. Miguel, Açores




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UMA AJUDA COM ARTE

Num movimento desencadeado por Sara Garrotte (Chuca), um elevado número de artistas plásticos e outras instituições ofereceram obras de arte para serem leiloadas, revertendo o produto para uma instituição de solidariedade da Madeira indicada pela Segurança Social. Feito um leilão devidamente licenciado pela Câmara Municipal do Porto, foi acordado, com a dita instituição de solidariedade social, a realização de uma exposição das obras remanescentes, no Funchal, aprontando-se aquela a alcançar o patrocínio de uma transportadora para que as obras chegassem à Madeira sem mais despesas, salvaguardando-se, desse modo, todo o pecúlio grangeado através do leilão, o qual foi remetido à aludida instituição social. Passado o mês de Setembro, e os mais meses até ao fim do ano de 2010, do Funchal, não veio "resposta, nem recado". Tememos, por isso, pelo trato futuro dado às obras postas à disposição para "AJUDA À MADEIRA" e resolvemos devolvê-las aos respectivos autores ou ofertantes, à disposição de quem se encontrarão até ao respectivo levantamento na Galeria. Galeria Vieira Portuense AUTORES DAS OBRAS: Aidê Zorek, Alberto D'Assumpção, Ana Camilo, Ana Maria Garcia, André Semblano, Angelina Gomes, António Dulcídio, António-Lino Pedras, Aníbal Alcino, Arnaldo Macedo, Bela Mestre, Bem-aventurado Jorge, Carlos Dugos, Carmen Santaya, Carmen Sevillano Estremera, Cassio Mello, Constância Néry, Célia Ribeiro, César Barros Amorim (Mutes), Danielle Carcav, Delfina Mendonça, Dina de Sousa, Estrela Rua, Felipe Alarcón Echenique, Fernando Pamplona, Francisco Urbano, Gabrielux, Gelin FM, Griñon, Ignacio Hábrica, Irene Gomis, Joana Gonçalves, Jorge Murillo Torrico, José A. Cardoso, José Gonçalves, José Projecto, José Rosinhas, Júlia Fernandes, Kim Molinero, Lamadrid, Lena Gal, Luiz Soares, Luz Morais, Luís Rodrigues, Marco Batista, Maria da Glória, Maria Dulce Bernardes, Maria Rosas, Maria Tereza Braz, Marina Cocós, Marina Fátima, Marina Mourão, Mary Carmen Calviño, Miguel Angel Salido Serrano, Mizé, Molina, Mário Rebelo de Sousa, MR (Miquelina Ribeiro), Neiro, Nelson Marques, Paula Navarro, Pedro Charters d’ Azevedo, Pedro S. Morillo, Pepa Mariño, Pilar Feás, Porfírio Alves Pires, Renato Pereira, Ritta Bremer, Roig de Diego, Rosa Lapinha, Rosaura Serrano Sierra, Sabela Baña Roibás, Sara Garrote (Chuca), Soledad Fernández, Sónia Lapa, Tareixa Barrós, Teodoro Büest, Té Salvado e Yolanda Carbajales.

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